O Janeiro Branco vai além de um mês dedicado à saúde mental; é um convite para uma reflexão profunda sobre nosso interior. A saúde emocional tem impacto direto em diversos aspectos da vida, e frequentemente o que sentimos internamente se reflete externamente, inclusive na saúde dos nossos cabelos. Estresse, ansiedade, depressão e conflitos internos podem desencadear distúrbios no couro cabeludo, desde quadros de queda de cabelo até o surgimento de doenças autoimunes como a alopecia areata. Muitas vezes, os sintomas emocionais são subestimados ou negligenciados, mas eles têm forte ligação com os problemas capilares. Os fios, que representam nossa identidade, tornam-se um espelho de nossa mente. Quando o equilíbrio emocional é afetado, o corpo sente. E, no caso dos cabelos, essa resposta pode ser visível. O eflúvio telógeno, por exemplo, é uma consequência comum em momentos de grande tensão. Mas o cuidado com os cabelos pode ser também uma forma de cura emocional. A buscar por tratamentos capilares é um processo simbólico de autocuidado: uma oportunidade para reconstruir a confiança, autoestima e reconectar-se com o próprio ser. É fundamental lembrar que o autocuidado não é um luxo, mas uma necessidade. Investir em terapias capilares, dedicar tempo para momentos de relaxamento e buscar ajuda profissional são passos que, além de beneficiarem os cabelos, promovem o equilíbrio emocional. Quando cuidamos do que é visível, também podemos estar cuidando daquilo que está escondido, no coração e na mente.
Maria Freires
Enf. tricologista e dermatologista COREN 545-456
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